sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Segundo turno reafirma crescimento da direita



            No último domingo (30/10), eleitores de 18 capitais do país decidiram o próximo prefeito, além de outras 39 cidades. Os estados com maior número de cidades com segundo turno foram São Paulo (13) e Rio de Janeiro (8).
O PSDB consolidou-se como partido com maior número de prefeituras eleitas e conquistou mais catorze, das dezenove que disputavam segundo turno, totalizando 805 cidades a governar no quadriênio de 2017 a 2020, um crescimento de 15,3% perante as 695 que elegeu em 2012. Ao todo, o PSDB conquistou 21.706.228 votos e irá governar uma população de 34.425.149 eleitores.
Em número de cidades, o PMDB elegeu mais prefeituras (1036), embora tenha obtido votação inferior à do PSDB (16.901.168 votos), e terá uma população de 21.110.751 eleitores para governar, também menor que do PSDB. Em relação a 2012, o PMDB cresceu apenas 1,47%, aumentando de 1021 para 1036 o número de cidades que irá governar.
Já o PT manteve o número de cidades conquistadas no primeiro turno – 256, pois não venceu em nenhuma das oito que disputou no segundo turno. Sofreu uma redução de 59,9% em relação às 638 prefeituras eleitas em 2012 e caiu de terceiro partido com maior número de prefeituras para décimo.
Entre os pequenos partidos, os que mais cresceram foram do PTN, que conquistou 31 prefeituras e recebeu 1.100.636 votos, registrando um crescimento de 158,3% em relação às doze cidades que governava desde 2012; o PHS, eleito para 37 prefeituras, com 1.573.832 votos, um aumento de 131,2% em relação à eleição passada, quando elegeu prefeitos de dezesseis cidades; o PCdoB, que cresceu 50% em comparação à eleição passada, elegendo 81 prefeituras, antes eram 54, com 1.996.308 votos; o PSL, que teve crescimento de 34,8% e aumentou o número de prefeitura eleitas de 23 para 31, com 487.592 votos; e o PRB, que cresceu 31,2% e governará 105 cidades, em relação às 80 que havia conquistado no pleito passado.
Entre os partidos de esquerda, o PT, maior partido deste campo, foi o que mais perdeu votos e prefeituras. O PCdo B foi o que teve maior crescimento em número de cidades eleitas. O PDT registrou crescimento de 9,8%, ampliando de 307 para 337 o número de prefeituras eleitas; e o PSol manteve o desempenho da eleição municipal anterior, com governo de duas cidades.
Se no primeiro turno o número de votos brancos, nulos e abstenções surpreendeu, com taxa superior a 30% do conjunto do eleitorado brasileiro, nesse segundo turno não foi diferente: em sete cidades a soma dos número de abstenções, brancos e nulos superou a quantidade de votos do primeiro colocado, entre elas, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Em suma, o centro-direta aumentou, impulsionado pelo PSDB e PMDB, o campo da esquerda foi reduzido, principalmente devido ao mau resultado do PT, e cresceu o descrédito na política, o que se observa pelo número de votos brancos, nulos e abstenções. Além disso, aumenta a pulverização partidária, com a presença de 31 legendas nas prefeituras municipais.

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