Segundo o DIEESE, entre 2009 e 2014, o número de jovens entre 14 e 29 anos caiu de 54,1 milhões para 52,5 milhões, uma queda de 2,9%. Porém, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), enquanto a população de jovens que se declararam como brancos recuou 10,2%, no mesmo período o número de jovens autodeclarados negros cresceu 3,6%.
A pesquisa mostra que a taxa de participação entre os jovens (proporção de indivíduos jovens que trabalham ou procuram trabalho) passou de 66,0% para 62,8%, entre 2009 e 2014. Este movimento pode ser explicado pelo crescimento da população jovem que se dedica aos estudos ou a outras atividades em detrimento do trabalho.
Quanto à representação sindical, o percentual dos jovens ocupados associados a algum sindicato permaneceu inferior à proporção dos ocupados associados e diminuiu no período 2009-2014 (de 19,4% em 2009 para 15,4% em 2014). E a evolução do emprego formal entre jovens foi acompanhada de uma elevação da rotatividade dos vínculos de emprego.
Segundo dados da Pnad, entre 2009 e 2014, o rendimento mensal real aumentou 23,8% para as mulheres e 19,0% para os homens, o que contribuiu para a redução das diferenças de rendimento entre os gêneros entre jovens: as mulheres de 14 a 29 anos recebiam o correspondente a 81% do rendimento mensal de homens de 14 a 29 anos em 2009 e 85% em 2014. Já quanto ao rendimento por hora, o feminino representava 96% em 2009 e 88% em 2014.
Ainda quanto à questão de gênero, 84,3% das jovens de 14 a 29 anos declararam realizar afazeres domésticos, contra 46% dos homens. Entre os que realizam afazeres, as mulheres declararam gastar em média 20 horas por semana e os homens 9,4 horas. Fica explícito que a divisão social quanto aos afazeres domésticos relativa a gênero ainda se reflete com grande força entre a juventude brasileira.
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