H.D. Goswami
O que pensam as pessoas quando têm liberdade de pensamento?
O que realmente leva pessoas a tomarem uma decisão – “isso é verdade” ou “isso não é verdade” – é a intuição profunda, porque Deus está no coração. Por exemplo, tome a alegação: “Jesus é o único caminho, não há outro caminho para Deus a não ser Jesus”. Verificamos que essa alegação foi aceita pela maioria das pessoas ao longo da história apenas em sociedades onde havia coação muito extrema e violenta. Em outras palavras, de fato não verificamos que uma quantidade significativa de pessoas, por períodos significativos de tempo, acreditaria nisso se não houvesse coerção violenta. Não estou dizendo que Jesus não é divino – pessoalmente acredito que Jesus é divino, e há muitas pessoas boas que aceitam Jesus como divino. Porém, meu ponto é especificamente este: quantidades significativas de pessoas, por períodos significativos de tempo, não acreditavam que Jesus seria o único caminho; algo que, em primeiro lugar, o próprio Jesus nunca ensinou.
Se analisarmos sociedades livres, onde não há coerção intensa de uma forma ou de outra, muitas pessoas respeitam e amam Jesus, e também entendem que existem outros caminhos. De fato, o estudo sério mais recente feito pela Fundação Pew, provavelmente o principal grupo que faz pesquisas sobre atitudes das pessoas com relação à religião nos Estados Unidos (um país conhecido por ter pessoas do tipo “fanáticas consumadas”) descobriu que 2/3 dos cristãos norte-americanos – quer sejam protestantes, católicos ou ortodoxos – acreditam que o indivíduo pode ir para o céu de outra maneira além de Jesus.
Por exemplo, quando eu morava em Davidson, uma cidade universitária muito bonita na Carolina do Norte, um dos meus vizinhos era o pastor de uma Igreja Episcopal. Ele era um sujeito inteligente e muito agradável; costumávamos conversar quando nos esbarrávamos nessa pequena cidade. Uma vez, estávamos conversando e eu o questionei: “Você afirma que Jesus é o único caminho e que o que estou praticando não é um caminho válido?” Sua resposta foi muito interessante: Ele disse: “Jesus é o único caminho, mas não necessariamente para todos”. Penso que essa resposta foi muito inteligente e razoável.
Tradução de Dhananjaya Dasa.
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