O primeiro projeto da antropóloga será sobre histórias da infância, cujo seminário acontecerá em outubro deste ano.
O MASP anuncia nesta terça-feira (25) a nomeação de sua mais nova curadora adjunta, a antropóloga Lilia Schwarcz. Na instituição, ela será responsável por projetos relacionados a histórias, em um sentido amplo da palavra, que envolve narrativas diversas sobre identidade, memória, acontecimentos, ideias e expressões culturais, sempre respeitando um caráter plural, processual, aberto e não definitivo.
Foto: Renato Parada
Assim, Pedrosa e Schwarcz planejam desenvolver em conjunto para o MASP projetos que tratem de histórias pouco exploradas, como as ameríndias, as histórias da escravidão, da colonização, da sexualidade, do carnaval, da infância, da loucura.
Uma das primeiras ações da nova curadora-adjunta será a realização do seminário sobre histórias da infância, marcado para o dia 6 de outubro. Com o objetivo de promover a pesquisa e o debate sobre o tema, o seminário visa também coletar subsídios para a publicação de um livro-catálogo e construção da exposição homônima, prevista para março de 2016. Histórias da infância abordará o tema da representação da infância na arte através dos séculos, com obras e objetos de diferentes culturas e períodos históricos.
Sobre Lilia Schwarcz
Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP). Foi Visiting Professor em Oxford, Leiden, Brown, Columbia e Princeton e teve Bolsa Científica da Guggenheim Foundation. Fez parte do Comitê Brasileiro da Universidade de Harvard (de 2009 a 2012) e é atualmente Global Professor pela Universidade de Princeton. É autora, entre outros, de Retrato em branco e negro (São Paulo, Companhia das Letras, 1987), O espetáculo das raças (São Paulo, Companhia das Letras, 1993 e New York, Farrar Strauss & Giroux, 1999), As barbas do Imperador – D. Pedro II, um monarca nos trópicos (São Paulo, Companhia das Letras, Prêmio Jabuti/ Livro do Ano e New York, Farrar Strauss & Giroux, 2004), No tempo das certezas (co-autoria Angela Marques da Costa, São Paulo, Companhia das Letras, 2000), Símbolos e rituais da monarquia brasileira (Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2000) e Racismo no Brasil (São Paulo, Publifolha, 2001), A longa viagem da biblioteca dos reis (com Paulo Azevedo, São Paulo, Companhia das Letras, 2002), O livro dos livros da Real Biblioteca (Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional/Odebrecht, 2003), Registros escravos (Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 2006) e O sol do Brasil: Nicolas-Antoine Taunay e seus trópicos difíceis (Companhia das Letras, 2008. Prêmio Jabuti: melhor de biografia 2009). E com Heloísa Starling, Brasil: uma biografia.(Companhia das Letras, 2015).
Coordenou, entre outros, o volume 4 da História da Vida Privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea (São Paulo, Companhia das Letras, 1998, Prêmio Jabuti 1999), com André Botelho Um enigma chamado Brasil (São Paulo, Companhia das Letras, 2009, Prêmio Jabuti em Ciências Sociais 2010), com Adriana Varejão Pérola imperfeita: a história e as histórias de Adriana Varejão. São Paulo, Cobogó/ Companhia das Letras, 2014 e dirige atualmente a História do Brasil Nação. Mapfre/ Objetiva em 6 volumes (Prêmio APCA, 2011). É ainda autora do terceiro volume dessa coleção Abertura para o mundo (indicada ao prêmio Jabuti, 2013) dedicado à Primeira República, publicado em 2012 na mesma coleção. Publicou com Lucia Stumpf e Carlos Lima A batalha do Avaí: a beleza da barbárie (Rio de Janeiro, Sextante, 2013) e com Adriano Pedrosa o catálogo da exposição Histórias Mestiças (Rio de Janeiro, Cobogó, 2015). Com André Botelho organizou para a Companhia das Letras duas coletâneas de ensaios: Um enigma chamado Brasil em 2012 (Prêmio Jabuti 2013) eAgenda brasileira, em 2013. Com Heloisa Starling escreveu Brasil; uma biografia (São Paulo, Companhia das Letras, 2015).
Foi curadora das exposições: Virando vinte: política, cultura e imaginário em São Paulo, no final do século XIX.(São Paulo, Casa das Rosas, 1994-5), Navio Negreiro: cotidiano, castigo e rebelião escrava (São Paulo, Estação Ciência, 1994 e 1998), A longa viagem da biblioteca dos reis. (Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 2003-4),Nicolas Taunay uma leitura dos trópicos (Museu Nacional de Belas Artes e Pinacoteca do Estado de São Paulo, maio a setembro de 2008) e junto com Boris Kossoy “A fotografia: Um olhar sobre o Brasil” (Instituto Tomie Ohtake, 2012 e Fundação Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2013, Fundação Banco do Brasil, Belo Horizonte, 2014), e com Adriano Pedrosa Histórias mestiças (Instituto Tomie Ohtake, 2014). Em 2010 recebeu a Comenda da “Ordem Nacional do Mérito Científico”.
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