SUAS MÃOS
Na ponta de seus dedos
os grandes segredos
há caminhos, sendas e fendas
No entanto
parecem pontas iguais
de mil dedos iguais
Ansiando perceber, de pé, inerte.
Me fez ouvir vozes de domingo
no longe do longe
Um sibilar sem vento
no perto do perto
Um lagrimar insentido
Na ponta, a ânsia
Na curva, o espanto
No tôpo, a morte.
A inércia sentada
À sombra sem reflexo
Na ponta de seus dedos
os grandes segredos
que só desvendo
ao ver vivendo
A ânsia
O espanto
a morte.
Myrtha em 1977
domingo, 12 de abril de 2015
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