Referência
internacional, a Oficina de Música de Curitiba a cada ano atrai mais
estrangeiros. Em 2015, as aulas com os ritmos tradicionais do Brasil, da
fase de música popular, receberam 42 alunos estrangeiros, sendo o
curso de percussão o mais procurado, com 13 alunos inscritos.
O
inglês John Beard, engenheiro acústico, estuda a música brasileira
desde 2006 e participa pela primeira vez da Oficina de Música, no curso
de violão de 6 e 7 cordas, no choro e no conjunto de samba. Conheceu o
evento através de um amigo, o percussionista curitibano Danilo Fraga,
radicado em Chicago (EUA), atual moradia de John. “A Oficina é muito
interessante e saímos daqui com um grande aprendizado, pois os
professores são de um nível muito avançado e alguns dos alunos também.
Eu gosto muito dos ritmos choro e samba. Gostaria de estar participando
também do conjunto de música nordestina, pois gosto muito da música
tradicional, a música de raiz do Brasil”, disse.
A
cantora francesa Sabine Schaechtelin mora no Brasil há um ano, em
Florianópolis, e estuda música na UFSC. Ela participa pela primeira vez
da Oficina, nos cursos de clarinete e canto. “Eu estou no Brasil para
estudar a música brasileira, e na Oficina escolhi a fase popular porque
trabalha muito mais a tradição e a música local do que na fase erudita”,
disse. Sabine diz que seu primeiro instrumento é o canto. O clarinete
ela usa porque começou a estudar o chorinho e, durante o evento, quer se
aprofundar no instrumento. “Quando soube que o professor de clarinete
seria o Alexandre Ribeiro, eu não poderia perder, eu adoro ele, a música
dele é o tipo de música que eu escuto. Estou adorando a Oficina, o
nível é bem alto”, conta.
O
pianista e compositor argentino Pablo Giner também participa pela
primeira vez da Oficina de Música, no curso Solfejo e Percepção para
Improvisação e no de Percussão. “Eu sempre me interessei em aprender a
música daqui, queria saber mais sobre as partituras, as harmonias, os
ritmos e a musicalidade do samba e bossa nova”, disse. Giner já conhecia
a oficina há alguns anos, através de alguns amigos argentinos e
peruanos que participaram em edições anteriores, mas só no ano passado,
quando se interessou em executar algumas composições brasileiras, que
decidiu se inscrever no evento. “Eu estou achando muito legal, os
professores são muito preparados, de níveis altíssimos e abertos para
passar materiais e ajudar com as dúvidas. Estou muito satisfeito com o
que estou aprendendo e vivenciando aqui”, finaliza.
A
flautista holandesa Floor Polder participa pela segunda vez da oficina e
ficou sabendo do evento através de uma amiga curitibana que atualmente
mora na Holanda. “Eu acho que no geral a música brasileira utiliza
bastante a flauta e pra mim isso é muito interessante. As melodias e
ritmos que se encontra no Brasil, não tem na Holanda” disse. Para Floor o
mais legal da Oficina é que, além das aulas que se faz durante o dia, à
noite é possível assistir a shows com grandes músicos.
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