Tratados sobre o tempo
Aristóteles, Plotino e Agostinho
Fernando Rey PuenteJosé Baracat Júnior
Coleção: Travessias
2014. 155 p. Dimensão: 16 x 13 x 1,0cm
Peso: 165,00 gramas
É difícil discordar de Jorge Luis Borges quando diz que “o tempo é um problema para nós, um terrível e exigente problema, talvez o mais vital da metafísica” . Essa é a questão abordada neste volume, que traz a público traduções inéditas, acompanhadas de notas explicativas, de Aristóteles, Plotino e Santo Agostinho. O leitor encontrará três textos sobre o tempo, legados pela Antiguidade, que são fundamentais para a história da filosofia
Segundo Aristóteles, o tempo é “o número
de um movimento segundo o antes e o depois” (Física 219 b1-2). Embora o
tempo não seja o movimento, ele afirma que o tempo “é o movimento
enquanto possui um número” (Física 219 b3). Como número, o tempo é o
número numerado e não o número numerante. Enquanto que o número
numerante é o número abstrato, o número numerado é o número concreto.
Enquanto que o número numerante é aquele que conta, o número numerado é
aquele que é contado. Enquanto que o número numerante designa apenas a
quantidade (dez); o número numerado designa a quantidade e a natureza
dos entes numerados (dez cavalos). Assim, o tempo é o número numerado
porque é o número (quantidade) do movimento (natureza).
Tendo em vista que o tempo é o movimento
numerado segundo o anterior-posterior, Aristóteles afirma que o tempo é o
número do movimento considerado absolutamente e não
especificamente. Neste caso, o tempo é o número do
movimento absoluto. Ou seja, o tempo enquanto movimento numerado
compreende todos os diversos movimentos que ocorrem segundo categorias
determinadas: substância (geração e corrupção), quantidade
(crescimento), qualidade (alteração) e lugar (movimento local).
Um comentário:
gostaria de comprar um exemplar, omo faze-lo?
selma vasconcelos-recifea
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