Mostra
individual abre no dia 23, domingo, com
lançamento do livro “José Antonio de Lima – Trajetórias”
O percurso artístico de 25 anos de José Antonio de Lima
será rememorado na exposição individual “José Antonio de Lima – Trajetórias”,
que o Solar do Rosário abre no próximo domingo, dia 23 de fevereiro, às 11
horas. Na abertura da mostra, o artista mineiro radicado em Curitiba lança o
livro de mesmo nome, que narra sua trajetória iniciada “oficialmente” em 1986, quando
teve uma obra selecionada para participar do 43° Salão Paranaense. No dia 26
(quarta-feira), a partir das 19 horas, haverá bate-papo entre o artista e o curador, professor e crítico de arte
Fernando Bini, que assina a curadoria da exposição e do livro, no café e
livraria do Solar do Rosário.
A mostra reúne pinturas, desenhos e objetos de diversos
períodos nos espaços da galeria e do café e livraria do Solar do Rosário. Dentre
os objetos, há desde obras menores, em tecido, até grandes instalações em
alumínio que integram a série “Tramas”. “Bini faz um apanhado geral do meu
trabalho ao reunir pintura, objetos, desenhos e instalações. Ele sintetiza a
minha ideia geral de arte”, diz José Antonio, que realizou sua primeira
exposição em Maringá, em 1987, pouco antes de se mudar para Curitiba.
A galerista Regina Casillo, proprietária do espaço,
lembra que o artista expõe no Solar desde a inauguração em 1992. “Como
intermediários entre os artistas e seus apreciadores e colecionadores, exercemos
nossa atividade trazendo artistas de credibilidade e respeito à galeria. É com
orgulho que inauguramos mais uma exposição de José Antonio”, diz.
O livro de capa dura, em grande formato, viabilizado pela
Lei de Incentivo à Cultura, reúne ao longo de 250 páginas entrevistas
concedidas pelo artista, textos críticos e reportagens publicadas em jornais
brasileiros, catálogos e livros lançados pelo autor. Traz ainda textos e
imagens que resumem as cinco grandes fases do trabalho de José Antonio de Lima.
Estão lá os “Totens”, “Casulos”, “Ferramentas e Armas”, “Catedrais” e “Tramas”
que se dividem, por sua vez, em séries que se interligam, se fazem e se
desfazem, vão e voltam, reinventando-se ao longo do tempo. “Meus trabalhos são
decorrência um do outro, não fico inventando, o último trabalho tem sempre
amarração com os primeiros”, conta o artista.
“O desenho acompanha José Antonio desde os 13 anos de
idade, quando resolveu que queria ser artista. Do desenho passou para a pintura
e a escultura. Os ‘Totens’, as ‘Ferramentas e Armas’, além de trazerem claras
suas memórias de infância, são estudos do espaço, são desenhos e pinturas que
fugiram do plano, no qual nunca estiveram na sua obra”, escreve Bini no texto
de apresentação do livro.
Já os “Casulos” são estruturas ocas, feitas de materiais
orgânicos como pasta de papel, ferro e tecido, que se metamorfosearam nas “Catedrais”,
grandes esculturas em tecido cru enferrujado ou tingido, amarrado por cordas
costuradas a estruturas metálicas – vistas pelo público curitibano na
individual Visibilidades, no Museu
Oscar Niemeyer, em 2006.
As “Catedrais” originaram as “Tramas”, grandes
instalações feitas de obras encadeadas produzidas, inicialmente, em tecido cru
e, em seguida, em alumínio. Fundidas em metal, as instalações ganham
resistência e novas características estéticas, mas não perdem sua “aura”, como
explica o crítico Fernando Bini: “Mantida a aparência, a forma orgânica,
efêmera, que outrora esteve dependente do tempo, que se encarregava de suas
transformações, agora resiste pela necessidade da permanência, busca o máximo
possível da imobilidade, e das borboletas, formas leves e voadoras, surgem
estas fantasmagorias, semelhante às texturas das membranas dos morcegos
notívagos”.
As pinturas, que ocupam as paredes do Solar do Rosário,
marcam um novo caminho na trajetória do artista, que sempre expôs mais obras em
técnica mista, como colagens e objetos. Mas a linguagem é algo que ele vem
perseguindo há anos. “A pintura a óleo pede um pensar diferente. Pintar é outra
grande experiência, que exige o desenvolvimento do olhar, do pensar, uma
habilidade com a cor, o volume, o desenho. Enfim, exige um envolvimento total
do artista, proporcionando um maior desenvolvimento espiritual”, diz.
“Tramas”
viajam à Alemanha
Após a exposição no Solar do Rosário, José Antonio viaja
à Alemanha para exibir suas tramas iluminadas na Luminale – Mostra de Arte com Luz 2014, um evento bienal que reúne
artistas convidados de diversos países que exibem seus trabalhos nos mais
diversos espaços públicos de Frankfurt e arredores. O artista de Curitiba exibe
suas instalações no Pavilhão Musical do Jardim Botânico da Cidade. As “Tramas”
em tecido já foram vistas em mostras internacionais anteriores no Museu de Arte
da Prefeitura de Hyogo, em Kobe, Japão, em 2008; no Museu da Água, em Lisboa,
Portugal, em 2008; e na Galeria Vasby Konsthall, em Estocolmo, na Suécia, em
2007.
Informações e entrevistas:
Annalice Del Vecchio - (41)
9929-1777
José Antonio de Lima – (41)
3354-6902
Serviço:
Lançamento
do livro José Antonio de Lima –
Trajetórias
Local:
Solar do Rosário (R. Duque de Caxias, 4 – Centro Histórico)
Data: Dia
23 (domingo)
Horário: 11
horas
Horário
de visitação: de segunda a sexta-feira, das 10 às 19h30 e
sábados e domingos pela manhã.
Bate-papo
entre o artista e o curador Fernando Bini: 26 de fevereiro
(quarta-feira), às 20 horas, no Solar do Rosário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário