Câmara rejeita plebiscito para
2014 e Senado mantém
suplência: Após deliberação
no colégio de líderes, a Câmara dos
Deputados rejeitou levar à votação em
plenário um decreto parlamentar que possibilitaria a
convocação de um plebiscito sobre reforma
política que valesse ainda para a
eleição de 2014. Apenas os líderes do
PT, PDT e PCdoB apoiaram a proposta apresentada pela
presidenta Dilma de convocação imediata de um
plebiscito, onde as alterações aprovadas pela
população passassem a valer para a
próxima eleição. Dos outros partidos,
alguns (como PP e boa parte da oposição)
rejeitam inclusive a ideia de plebiscito, defendendo que a
reforma política deveria ser aprovada pelo Congresso
Nacional e depois submetida a um referendo. Enquanto isso, o
Senado rejeitou o projeto que acabava com a segunda
suplência para senador e que impedia que parentes
fossem indicados como suplente. Este tema fazia parte da
“agenda positiva” anunciada pelo presidente do
Senado, Renan Calheiros, e indica as dificuldades de
aprovação de qualquer proposta de reforma
política no Congresso
Nacional. |
Comentário:
Com o arrefecimento das manifestações
de rua, a boa vontade dos congressistas para com a
aprovação de mudanças efetivas no
sistema político recuou. O PT e as lideranças
do PDT e PCdoB prometem buscar as 170 assinaturas
necessárias para colocar em votação no
plenário o decreto legislativo que possibilitaria a
convocação imediata do plebiscito. Caso sejam
bem sucedidos nesta empreitada, o tema deve voltar à
pauta do parlamento em
breve. |
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Governo
lança programa “Mais médicos” e
entidades médicas
reagem:O ministro Alexandre Padilha lançou
oficialmente ontem o programa “Mais
médicos” do governo federal, que contempla a
aceleração dos investimentos em Saúde,
a contratação de novos médicos para as
regiões mais carentes de atendimento e
alterações nos currículos das
faculdades de medicina, que agora contarão com um
estágio de dois anos a mais na
formação, onde os estudantes
trabalharão no SUS recebendo bolsas de até R$8
mil reais e deixando de pagar as mensalidades (caso estudem
em universidades privadas). A resposta das entidades
representativas dos médicos tem sido crítica,
sob a alegação principal de que o problema na
saúde não seria a falta de médicos, mas
sim a falta de estrutura para sua
atuação. |
Comentário:
O programa lançado pelo governo federal
contempla a maior parte das questões centrais que
fragilizam o atendimento da saúde pública no
Brasil: ao mesmo tempo em que cria um programa emergencial
de contratação de novos médicos (com
pagamento de R$10 mil centralizado no Ministério da
Saúde), acelera os investimentos em novas
instalações e equipamentos (que totalizam
quase R$ 14 bilhões nos próximos dois anos) e
altera a formação do médico brasileiro
no longo prazo, priorizando o atendimento geral e
emergencial, aproximando o profissional médico da
população. Além disso, espera-se abrir
novas vagas de graduação e residência
médica, priorizando regiões com poucos
médicos. As resistências das entidades
médicas já eram esperadas, mas podem ser
revertidas ou atenuadas caso o governo consiga demonstrar
para a sociedade, ao longo do debate, a enorme amplitude
social de suas
propostas. |
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Em dia de COPOM,
emprego industrial de maio recua:
Os dados
divulgados hoje sobre o desempenho do emprego industrial em
maio corroboram um cenário de crescimento
instável no segundo trimestre, já vislumbrado
através de outros dados divulgados anteriormente
(como o de produção industrial, que teve
redução de 2% no período). O recuo de
0,5% em relação a abril foi o mais intenso
desde dezembro de 2009, totalizando um recuo de 0,8% no
emprego industrial nos 5 primeiros meses de 2013. Estes
dados fizeram a CNI reduzir a previsão de crescimento
industrial para 2013, passando de um crescimento esperado de
2,6% para apenas
1%.
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Comentário:
Os dados do emprego industrial, conjugados à
redução no crescimento do comércio
varejista, ao IPCA desacelerando e a provável
estagnação da produção
industrial em junho, corroboram um cenário de
elevação de 0,5% nos juros hoje na
reunião do COPOM. A depender dos dados dos
próximos meses, é possível que o
tamanho do ajuste monetário seja menor do que aquele
esperado pelo mercado, desde que a inflação
não seja muito afetada pela
desvalorização cambial. |
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