terça-feira, 14 de agosto de 2012

Amazônia ganha circuito de festivais com oito eventos integrados



Tendo edições em oito cidades, de seis Estados do Norte do Brasil e mais a Guiana Francesa organização soma-se à Rede Brasil de Festivais

Redes, colaborativismo, Independência. As novas palavras que compõem o vocabulário da Nova Música Brasileira na segunda década do século XXI culminam na criação de diversos circuitos regionais de festivais independentes e a região Norte lança o seu, o Circuito Amazônico de Festivais Independentes.

O Circuito Amazônico conecta festivais de perfis distintos que mostram a diversidade cultural da região amazônica em seus diversos contextos e cenários. O primeiro festival do circuito, o Festival de Música no Marajó, é um exemplo dessa diversidade, realizado na cidade de Muaná, a seis horas de barco da capital paraense, o festival conecta artistas da música brega ao rock em um contexto amazônico rico de singularidades.

Outra característica é o investimento na integração entre linguagens artísticas, com festivais de artes integradas veteranos, como o Até o Tucupi (AM), e estreantes, como o Festejo Beradero (RO) que abrem espaço para ações que vão desde a apresentação de peças de teatro à intervenções urbanas de rua, passando por manifestações populares. “Diversidade é uma palavra que traduz bem a Amazônia e os festivais que compõem o circuito expressam isso de forma bastante intensa, seja nos estilos musicais, na integração artística e também nas manifestações culturais que são abarcadas por cada um em suas especificidades”, afirma Caio Mota, coordenador do Circuito Amazônico de Festivais e gestor da Casa Fora do Eixo Amazônia.

O festivais Se Rasgum (PA), que vai para sua sétima edição e é considerado pela crítica especializada o maior festival da região norte e um dos cinco do Brasil compõem o circuito, assim como o tradicional festival Varadouro (AC), Tomarrock (RR), o Festival Quebramar (AP), que vai para sua quinta edição em 2012 como um grande festival de troca de conhecimentos e diversidade musical e o Transamzoniennes da Guiana Francesa, que acontece a cada 2 anos e tem um formato de uma grande feira cultural.
Circuitos Regionais

A criação do Circuito Amazônico de Festivais Independentes segue a linha adotada em outras regiões do País e em experiências de sucesso como o Circuito Mineiro de Festivais Independentes, que chega à sua terceira edição esse ano. A potencialização dos festivais envolvidos na ação envolve um processo que vai além da produção. “A ideia é criar circuitos regionais que se autogestionam de maneira colaborativa e atuando em rede, potencializando assim as curadorias, a divulgação e o impacto de cada festival”, comenta o coordenador nacional dos Festivais do Fora do Eixo, Felipe Altenfelder.

O Circuito Amazônico de Festivais Independentes está presente em quase todos os Estados da Amazônia Brasileira, indo de setembro de 2012 à dezembro de 2013, com o primeiro sendo na Ilha de Marajó, no Estado do Pará, de 7 a 9 de setembro. Em seguida, o restante da região segue representado por Varadouro (AC), BeradeRO (RO), TomaRRock (RR), Quebramar (AP), Se Rasgun (PA) e Transamazoniennes (GUF).
Rede Brasil de Festivais

A Rede Brasil de Festivais surge em 2012 com a junção de 107 festivais independentes, organizados em seis circuitos regionais: Paulista, Mineiro, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Amazônico. São 88 cidades que realizam festivais durante todo o ano, com programação envolvendo além de música, diversas outras linguagens e atividades de formação.
Fora do quê?

O Fora do Eixo - responsável pela execução de todos os Circuitos Regionais de Festivais - é uma rede de trabalhos formada hoje por mais de 90 Pontos em todo o país, que somam aproximadamente 2 mil pessoas envolvidas. Desde 2006, realiza uma série de ações estruturantes com foco nos setores de comunicação livre, distribuição, circulação, linguagens artísticas, sustentabilidade, economia solidária e políticas culturais.
Percursos de vivência e Formação Livre

Visando maior integração entre as cidades que sediam os festivais e potencializando atividades de troca de conhecimento, serão abertos Percursos de Vivência entre as microrrotas que compõem o Circuito. Esses editais permitem que os interessados atuem na área de produção cultural - em diversos subsetores, tais como, comunicação, design, distribuição, entre outros. Os aprovados integram as equipes dos festivais em diferentes cidades, fomentando a circulação e buscando fortalecer um Percurso da Cultura por entre as edições com uma rota que estimula o livre conhecimento através de um processo de formação aberto e compartilhado.
Cobertura Colaborativa

Os Festivais que integram o Circuito Amazônico se apropriam do método colaborativo de produção de mídia para realizar a sua cobertura. Através de processos de comunicação integrada, equipes locais realizam coberturas abrangendo conteúdos que integram texto, foto, vídeo, transmissão ao vivo e mídias sociais. Todos estes agentes atuarão como ‘Cidadãos Multimídia’, trabalhando as diversas áreas dentro das coberturas.
Artes Integradas

Outras linguagens artísticas que enriquecem os festivais e os levam para além da música. As artes cênicas, o audiovisual terão seu espaço garantido dentro do Circuito Amazônico de Festivais Independentes, junto com ações voltadas à atividades de artes visuais. A proposta é dar vazão a diferentes extensões artísticas independentes, construindo uma vitrine de manifestações e artistas, apresentando assim um novo modelo de consumo e produção.
Produção colaborativa

A produção integrada dos Festivais do Circuito Amazônico visa o compartilhamento de conhecimento de produção e gestão. A partir disso, uma equipe de produção nas diversas áreas de atuação (Comunicação, Sustentabilidade, Articulação e Agenciamento) trabalha no suporte, gerindo todo auxilio, unidade e organicidade do Circuito. Essa equipe circulará pelos Festivais em apoio às equipes de produção locais e administrando também os Editais de Vivência conforme as necessidades.
Microrrotas Amazônicas

Proposta de circulação entre uma série de microrrotas (Macapá-Belém, Manaus-Boa Vista, Porto Velho-Rio Branco) com o objetivo de estabelecer trocas de experiências entre artistas/bandas, agentes, produtores e coletivos envolvidos, visando difusão e fruição de trabalhos musicais relevantes no cenário independente amazônico.
Calendário

Festival de Música no Marajó
7, 8 e 9 de setembro
Muaná (PA)|Casa FdE Amazônia
www.facebook.com/festivalnomarajo

Festival Até o Tucupi
9 a 15 de Setembro
Manaus (AM)| Difusão
www.festivalateotucupi.com

Festival Varadouro
27 a 29 de outubro
Rio Branco (AC) | Catraia
www.festivalvaradouro.art.br

Festejo BeradeRO
2, 3 e 4 de novembro
Porto Velho (RO) | Casa FdE Rondônia
www.facebook.com/festejoberadero

Festival TomaRRock
1 a 9 de novembro
Boa Vista (RR)| Canoa
www.festivaltomarrock.wordpress.com

Festival Quebramar
6 a 11 de novembro
Macapá (AP) |Casa FdE Amapá
www.festivalquebramar.com

Festival Se Rasgum
3 a 9 de dezembro
Belém (PA)| Se Rasgum
www.seragum.com.br

Festival Transamzoniennes
novembro de 2013
Saint Laurent du Maroni (GUF)| Atipa Reco

2 comentários:

Otto Ramos disse...

Muito legal o Post!

Estamos à disposição queridos!

Abs!

Otto Ramos
Circuito Amazonico de Festivais Independentes

Anônimo disse...

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