Março’12
:: Dia 1 | quinta-feira
galeria
Inauguração 17h00
10 poemas ilustrados
e uma banana grande
A convivência das palavras com as imagens
Estas fotografias, ou posters, ou, ainda, obras de arte, diria conceptual, não são meras ilustrações de poemas mas sim uma tentativa de estabelecer dialogo entre linguagens distintas, as palavras e as imagens.
As palavras convivem, no mesmo espaço, com as imagens de uma maneira simples, sem atropelo, como uma colagem. Estas novas imagens são o resultado da harmonização de linguagens diferentes com os seus códigos específicos. Estes posters são consequência de uma nova visão de entender a utilização da técnica da fotografia, longe do chamado foto-jornalismo, ou seja da captação de determinado instante de um acontecimento e mais ainda, da fotografia tradicional, amadorística, naturalista, com os eternos temas da paisagem, retrato, etc.
Os poemas que deram origem a estes trabalhos foram pretexto para desenvolver um pensamento próprio sem estar demasiado subordinado às ideias que lhe deram proveniência. Transmitem ideias paralelas, sem sobreposição de estéticas naturalmente distintas.
Estas fotografias adquirem, assim, algo a que poderíamos designar por poesia visual.
Domingos Pinho
João Hernâni Tavares – achegas biográficas
No longínquo ano de 1940 abri os olhos para o mundo numa terra que prometia a eterna felicidade, Vilar do Paraíso. Mas essa só acontece se a soubermos construir; nem o Paraíso a dá de graça.
Cresci ao sabor do acaso e fui aprendendo algumas coisas nas escolas por onde andei e foram várias. Acabei o ensino secundário e por aí me quedei porque, para seguir a vocação que era então a mais importante, VIVER, isso só se consegue “ganhando a vida”.
Fui gastando os dias exercendo profissões que me foram alimentando o estômago, sustentando as necessidades e os vícios de todos os dias, sem nunca conseguirem destruir o meu gosto pela fotografia. Fui dactilógrafo, vendedor de produtos de higiene, gestor de transportes, controlador de qualidade, etc. Mas sempre tentando fazer crescer o tempo e conseguir a liberdade para fotografar à mercê dos meus anseios, o que veio a acontecer quando pude deixar no esquecimento as ocupações que me limitavam.
Com esforço e inventiva fui fotografando, fotografando e expus individualmente em Campo do Gerês (1982), Valença do Minho (1987), Aveiro (2002), Termas do Gerês (2004), Porto (2010) e a convite do mestre José Rodrigues participei numa colectiva em Vila Nova de Cerveira (1987).
A primeira e única Exposição ARUS (1ª Exposição Nacional de Arte Moderna) que se realizou no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1983, mostrou três das minhas fotografias ao lado de grandes nomes como Manuel Magalhães.
Também pude (e poderei) colaborar com artistas como José Rodrigues, Domingos Pinho ,João Aquino, Ramiro Teixeira, Rebordão Navarro etc., para quem fiz trabalhos que foram ilustrar livros, catálogos e outras publicações.
A Fotografia sempre me acompanhou os sonhos. Continuo a construí-la e a mostrá-la, para que uns quantos saibam o quanto a amo.
Porto, Fevereiro de 2011
Auto-retrato
:: Dia 2 | sexta - feira
Auditório, 21h30
Passado Histórico Futuro ?
Civitas Cale; Civitas Portocale; Litoral costeiro reduzido;
Castro Novo e Castro Antigo do Bacias e leitos de rios inundados
Paroquial Suevo Casas e povoações submersas
“IMPACTES DO HOLOCÉNICO NA ORIGEM DA CIDADE DO PORTO”
(Palestra com diapositivos) por António MesquitaYour browser may not support display of this image.
As variações climáticas da era geológica decorrente (Holocénico) condicionaram o envolvimento humano no litoral português e na foz do Rio Douro, cuja bacia la-gunar atraía pela sua singularidade a atenção das primitivas civilizações sedentá-rias. Mas o homem só pode calcorrear as suas margens estuarinas só há cerca de 5000 anos e fixar-se nelas num período mais tardio, quando se esvaneceu a Trans-gressão Flandrina e o nível do mar começou a refletir a estabelização da tempera-tura do séc. IX a V a.C.
A laguna do Rio Douro foi pêndulo demográfico da região do Porto pelas rique-zas de ouro e pérolas: no vale, por onde se acumulavam lodos e areias do caudalo-so rio se lavava ouro e, na estiagem, quando o fio de água se transformava em lâ-mina remansosa, para montante, cresciam mexilhões em conchas em cujo interior de nácar se desenvolviam pérolas, como revelou o arqueólogo prof. Dr. Virgílio Cor-reia, que diz ter recolhido umas dezenas e muitos anos se manteve em silêncio co-mo um sem número de pescadores.
Olhando o Douro, numa retrospetiva Geológica, em “Impactes do Holocénico na origem da cidade do Porto” vai falar-se das variações climáticas históricas, subidas e descidas do nível das águas, uma observação das tendências eustáticas oceânicas próximas e uma mais detalhada visão sobre o passado da cidade de Calem, do itine-rário de Antonino, de Portucale, do Bispo Idácio e do Castro Novo e Castro Antigo do Paroquial Suevo. Encerra-se com um reconhecimento à “Cariat Bona-Car”, do geógrafo Al-Idrisi ou “Goya”, do muçulmano Al-Rasis, atual cidade de Vila Nova de Gaia.
BIBLIOGRAFIA DO PALESTRANTE:
“Da Postura Protonacional de Calçado de Coimbra aos Tabelamentos do Antigo Regime”, edição mono-gráfica, 2011;
“As Fábricas de Curtumes e Centros de Calçado em Portugal – São João Baptista, Padroeiro dos Pal-meiros até ao séc. XVII”, 2010;
“As Minas de Ouro da Área Metropolitana do Porto – As Minas Romanas de Valongo e a subordinação à Civitas Calem”, conferência, 2010;
“Vexames e Fraquezas do Colonialismo Ibérico no Brasil”, 2010;
“Villa Regula > Régua – Recensão Histórica até Meados do séc. XVIII, 3ª edição, 2010;
“O Entre-Douro-e-Vouga na Formação de Portugal - Recensão Histórico-Bibliográfica”, 2009
“Os Sapateiros no Contexto Económico, Político e Religioso do Reino”, 1996;
“Onde nasceu a Indústria de Calçado? Subsídio para o estudo da Arqueologia Industrial do Calçado do triângulo de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis”, 1995;
“Especificidades da pré-Indústria de Calçado e Curtumes no Algarve”, in Anais do Município de Faro, 1992;
“Officio de Çapateiro in Irmandade de SS Crispim e Crispiniano do Porto”, Prémio Dr. Serafim Leite 1987, da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto/Câmara Municipal de S. Joao da Madeira;
“Foral de Cambra 1514 – 470 Anos de Municipalismo”, separata do Jornal de Cambra, 1984;
Piano bar , 21h00
- 1º CICLO DE LEITURAS FILOSÓFICAS
“ÉTICA” de Baruch Espinosa
(sextas-Feiras de março, Clube Literário do Porto das 21h00 às 23h00)
O Clube Filosófico do Porto é uma associação informal de pessoas da mais diversa proveniência que partilham entre si o gosto pela filosofia e pelo filosofar.
O Clube Filosófico do Porto pretende possibilitar aos cidadãos uma relação diferente com a filosofia e o filosofar, uma relação em que a experiência do diálogo filosófico e do debate de ideias toma primazia sobre a lição, a palestra e outros mecanismos pedagógicos de transmissão da filosofia. Não vemos a filosofia como uma conquista ou aprendizagem de um determinado conjunto de conhecimentos mais ou menos filtrados pela tradição, mas antes como uma prática de construção, em diálogo com os outros, de um pensamento único e pessoal.
Os Cafés Filosóficos (iniciados em 2008 no Clube Literário do Porto) são talvez a face mais visível das actividades deste Clube que, no entanto, pretende alargar um pouco mais o âmbito da sua acção divulgando projectos de filosofia nas chamadas “Novas Práticas Filosóficas” (Filosofia com Crianças, Aconselhamento Filosófico, Filosofia nas Empresas, etc.), assim como lançamentos de livros, conferências e ciclos de leituras filosóficas.
Venha filosofar connosco!
Piano-bar
23h00
Jazz no Clube
Glauco Band
Bateria - André NO
Contrabaixo - David Estêvão
Vibrafone/Steel-drums - Paulo Costa
Os Glauco surgem em 2006 como um trio instrumental. Influenciados por diversos estilos musicais, apresentam temas originais que criam ambientes exóticos, orgânicos e genuínos. Dando sempre grande importância à improvisação, a naturalidade e simplicidade da música levam-nos em viagens pelo imaginário.
:: Dia 3 | sábado
Piano bar , 10h00
Workshop Filosofia com Pais e Filhos
FILOSOFIA COM PAIS E FILHOS
Escutar | Dialogar | Pensar
Nestas sessões de Filosofia com Pais e Filhos pretendemos introduzir as crianças (e os pais) no espírito do Diálogo Filosófico onde mais que procurar as respostas aos problemas que vão surgindo importa compreender a dimensão desses mesmos problemas e cooperar em Diálogo na sua resolução.
Esse trabalho conjunto ajuda-nos a desenvolver algumas atitudes filosóficas fundamentais tais como saber ouvir, respeitar a opinião do outro, expressar-se e pensar com clareza.
Venha Filosofar connosco.
Este Workshop é dinamizado por Tomás Magalhães Carneiro
Professor de Filosofia com Crianças e Jovens - http://filosofiacritica.wordpress.com/
Piano bar , 18h00
Lançamento do livro Escrito com Olhos de Teresa Paiva
Li, um dia, um conto a uma criança em que a personagem principal era um velho e amarelecido livro de contas – contas de contar, contas de mercearia, contas de drogaria – onde o pobre e bom-serás comerciante anotava as perduráveis e resistentes dívidas. Mas em cada conta estava um conto: x por tantos sacos de cimento, mais umas tábuas para fazer uma arrecadação; y por uma certa quantidade de artigos de mercearia, etc., no fundo, pistas de momentos de vidas. Era, pois, um prosaico livro de deve e haver, mas era também um livro de vidas, de parcelas de vidas, denunciadas pelas contas por saldar.
Lembrei-me desse livro para crianças ao ler este Escrito com olhos. Diferentes nos autores e nos destinatários, nos formatos e conteúdos, comungam, todavia, uma mesma linha, a linha de quem em poucas palavras conta parcelas de vidas. Poemas ou talvez não, muitos dos textos desta obra (re)constroem uma(s) pessoa(s), como se cada pequeno enredo estivesse a ser tecido, dito pela personagem, que nós, leitores, mais atentos, pressentimos ser (serem) rostos mil da mesma face, da mesma boca, do mesmo trejeito. De caderninho na mão, a poetisa recolhe pormenores do mundo, à laia de investigador criminal de mãos protegidas por luvas, um foco de luz e uma pinça para capturar e plasmar num esterilizado saco plástico as minúsculas pegadas deixadas pelo outro interveniente do sucedido.
Mas além da presença dos outros, há também a voz do sujeito poético, que vai entrelaçando os pedaços dos outros com os seus, levando a confusão ao leitor, que se sente incapaz de separar com nitidez onde acaba o outro e começa o eu. «Não adianta fugir de nós mesmos, pois levamo-nos sempre connosco», segredou(-me) Larissa. Mas não só a nós nos levamos, completo eu, mas também a muitos outros, aqueles cujas rotas cruzámos, de perto ou à distância, tanto faz, pois nenhum ser humano se completa a si mesmo sem que se enlace e desenlace com larissa(s), igor(es), iara(s), omar(es), Laura(s). Como diz outra personagem deste Escrito com Olhos, vamos “(…) passando pelo tempo e descobrindo a Verdade dos outros. E a sua”. A nossa.
piano-bar, 22h00
Concerto de Música Portuguesa
O MPMP, Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, apresenta um programa em duas partes. Na primeira, apresentar-se-á alguma da quase desconhecida obra para piano de Pe. Joaquim dos Santos. Na segunda, propõe-se uma viagem por alguns duetos para soprani de compositores da transição do século XIX para o século XX, como António Fragoso, Óscar da Silva ou Ernesto Maia, dentre outros.
auditório, 21h30
Apresentação do livro Erva Daninha de Raquel Branco
:: Dia 4 | domingo
auditório, 16h00
Apresentação do livro "Janelas" de Teresa Duarte Reis
:: Dia 6 | terça - feira
Piano bar, 21h00
Um Sentido na Poesia
tertúlia
A poesia tem todos os sentidos. É uma arte completa, esculpida na praça dos papéis, nas ruas das linhas, nas avenidas das frases.
Todos os sentidos têm poesia. A magia do toque, o doce do paladar, a melodia da audição. Há um sentido que, porém, combina toda esta magia-doce-melodia da poesia. A visão. Um poema pode ser lido na escuridão dos olhos, sob o olhar atento dos dedos.
Ainda assim todos o entendem. Todos o elevam. Todos o gritam. Um sentido na poesia encontra a cada terceira quarta-feira do mês, o sentido numa noite de poesia, aqui no Clube Literário do Porto.
Participação ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal.
:: Dia 7 | quarta - feira
galeria , 21h30
Quartas Mal’Ditas
Poesia e fotografia (10 POEMAS ILUSTRADOS E UMA BANANA GRANDE)
:: Dia 1 | quinta-feira
galeria
Inauguração 17h00
10 poemas ilustrados
e uma banana grande
A convivência das palavras com as imagens
Estas fotografias, ou posters, ou, ainda, obras de arte, diria conceptual, não são meras ilustrações de poemas mas sim uma tentativa de estabelecer dialogo entre linguagens distintas, as palavras e as imagens.
As palavras convivem, no mesmo espaço, com as imagens de uma maneira simples, sem atropelo, como uma colagem. Estas novas imagens são o resultado da harmonização de linguagens diferentes com os seus códigos específicos. Estes posters são consequência de uma nova visão de entender a utilização da técnica da fotografia, longe do chamado foto-jornalismo, ou seja da captação de determinado instante de um acontecimento e mais ainda, da fotografia tradicional, amadorística, naturalista, com os eternos temas da paisagem, retrato, etc.
Os poemas que deram origem a estes trabalhos foram pretexto para desenvolver um pensamento próprio sem estar demasiado subordinado às ideias que lhe deram proveniência. Transmitem ideias paralelas, sem sobreposição de estéticas naturalmente distintas.
Estas fotografias adquirem, assim, algo a que poderíamos designar por poesia visual.
Domingos Pinho
João Hernâni Tavares – achegas biográficas
No longínquo ano de 1940 abri os olhos para o mundo numa terra que prometia a eterna felicidade, Vilar do Paraíso. Mas essa só acontece se a soubermos construir; nem o Paraíso a dá de graça.
Cresci ao sabor do acaso e fui aprendendo algumas coisas nas escolas por onde andei e foram várias. Acabei o ensino secundário e por aí me quedei porque, para seguir a vocação que era então a mais importante, VIVER, isso só se consegue “ganhando a vida”.
Fui gastando os dias exercendo profissões que me foram alimentando o estômago, sustentando as necessidades e os vícios de todos os dias, sem nunca conseguirem destruir o meu gosto pela fotografia. Fui dactilógrafo, vendedor de produtos de higiene, gestor de transportes, controlador de qualidade, etc. Mas sempre tentando fazer crescer o tempo e conseguir a liberdade para fotografar à mercê dos meus anseios, o que veio a acontecer quando pude deixar no esquecimento as ocupações que me limitavam.
Com esforço e inventiva fui fotografando, fotografando e expus individualmente em Campo do Gerês (1982), Valença do Minho (1987), Aveiro (2002), Termas do Gerês (2004), Porto (2010) e a convite do mestre José Rodrigues participei numa colectiva em Vila Nova de Cerveira (1987).
A primeira e única Exposição ARUS (1ª Exposição Nacional de Arte Moderna) que se realizou no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1983, mostrou três das minhas fotografias ao lado de grandes nomes como Manuel Magalhães.
Também pude (e poderei) colaborar com artistas como José Rodrigues, Domingos Pinho ,João Aquino, Ramiro Teixeira, Rebordão Navarro etc., para quem fiz trabalhos que foram ilustrar livros, catálogos e outras publicações.
A Fotografia sempre me acompanhou os sonhos. Continuo a construí-la e a mostrá-la, para que uns quantos saibam o quanto a amo.
Porto, Fevereiro de 2011
Auto-retrato
:: Dia 2 | sexta - feira
Auditório, 21h30
Passado Histórico Futuro ?
Civitas Cale; Civitas Portocale; Litoral costeiro reduzido;
Castro Novo e Castro Antigo do Bacias e leitos de rios inundados
Paroquial Suevo Casas e povoações submersas
“IMPACTES DO HOLOCÉNICO NA ORIGEM DA CIDADE DO PORTO”
(Palestra com diapositivos) por António MesquitaYour browser may not support display of this image.
As variações climáticas da era geológica decorrente (Holocénico) condicionaram o envolvimento humano no litoral português e na foz do Rio Douro, cuja bacia la-gunar atraía pela sua singularidade a atenção das primitivas civilizações sedentá-rias. Mas o homem só pode calcorrear as suas margens estuarinas só há cerca de 5000 anos e fixar-se nelas num período mais tardio, quando se esvaneceu a Trans-gressão Flandrina e o nível do mar começou a refletir a estabelização da tempera-tura do séc. IX a V a.C.
A laguna do Rio Douro foi pêndulo demográfico da região do Porto pelas rique-zas de ouro e pérolas: no vale, por onde se acumulavam lodos e areias do caudalo-so rio se lavava ouro e, na estiagem, quando o fio de água se transformava em lâ-mina remansosa, para montante, cresciam mexilhões em conchas em cujo interior de nácar se desenvolviam pérolas, como revelou o arqueólogo prof. Dr. Virgílio Cor-reia, que diz ter recolhido umas dezenas e muitos anos se manteve em silêncio co-mo um sem número de pescadores.
Olhando o Douro, numa retrospetiva Geológica, em “Impactes do Holocénico na origem da cidade do Porto” vai falar-se das variações climáticas históricas, subidas e descidas do nível das águas, uma observação das tendências eustáticas oceânicas próximas e uma mais detalhada visão sobre o passado da cidade de Calem, do itine-rário de Antonino, de Portucale, do Bispo Idácio e do Castro Novo e Castro Antigo do Paroquial Suevo. Encerra-se com um reconhecimento à “Cariat Bona-Car”, do geógrafo Al-Idrisi ou “Goya”, do muçulmano Al-Rasis, atual cidade de Vila Nova de Gaia.
BIBLIOGRAFIA DO PALESTRANTE:
“Da Postura Protonacional de Calçado de Coimbra aos Tabelamentos do Antigo Regime”, edição mono-gráfica, 2011;
“As Fábricas de Curtumes e Centros de Calçado em Portugal – São João Baptista, Padroeiro dos Pal-meiros até ao séc. XVII”, 2010;
“As Minas de Ouro da Área Metropolitana do Porto – As Minas Romanas de Valongo e a subordinação à Civitas Calem”, conferência, 2010;
“Vexames e Fraquezas do Colonialismo Ibérico no Brasil”, 2010;
“Villa Regula > Régua – Recensão Histórica até Meados do séc. XVIII, 3ª edição, 2010;
“O Entre-Douro-e-Vouga na Formação de Portugal - Recensão Histórico-Bibliográfica”, 2009
“Os Sapateiros no Contexto Económico, Político e Religioso do Reino”, 1996;
“Onde nasceu a Indústria de Calçado? Subsídio para o estudo da Arqueologia Industrial do Calçado do triângulo de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis”, 1995;
“Especificidades da pré-Indústria de Calçado e Curtumes no Algarve”, in Anais do Município de Faro, 1992;
“Officio de Çapateiro in Irmandade de SS Crispim e Crispiniano do Porto”, Prémio Dr. Serafim Leite 1987, da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto/Câmara Municipal de S. Joao da Madeira;
“Foral de Cambra 1514 – 470 Anos de Municipalismo”, separata do Jornal de Cambra, 1984;
Piano bar , 21h00
- 1º CICLO DE LEITURAS FILOSÓFICAS
“ÉTICA” de Baruch Espinosa
(sextas-Feiras de março, Clube Literário do Porto das 21h00 às 23h00)
O Clube Filosófico do Porto é uma associação informal de pessoas da mais diversa proveniência que partilham entre si o gosto pela filosofia e pelo filosofar.
O Clube Filosófico do Porto pretende possibilitar aos cidadãos uma relação diferente com a filosofia e o filosofar, uma relação em que a experiência do diálogo filosófico e do debate de ideias toma primazia sobre a lição, a palestra e outros mecanismos pedagógicos de transmissão da filosofia. Não vemos a filosofia como uma conquista ou aprendizagem de um determinado conjunto de conhecimentos mais ou menos filtrados pela tradição, mas antes como uma prática de construção, em diálogo com os outros, de um pensamento único e pessoal.
Os Cafés Filosóficos (iniciados em 2008 no Clube Literário do Porto) são talvez a face mais visível das actividades deste Clube que, no entanto, pretende alargar um pouco mais o âmbito da sua acção divulgando projectos de filosofia nas chamadas “Novas Práticas Filosóficas” (Filosofia com Crianças, Aconselhamento Filosófico, Filosofia nas Empresas, etc.), assim como lançamentos de livros, conferências e ciclos de leituras filosóficas.
Venha filosofar connosco!
Piano-bar
23h00
Jazz no Clube
Glauco Band
Bateria - André NO
Contrabaixo - David Estêvão
Vibrafone/Steel-drums - Paulo Costa
Os Glauco surgem em 2006 como um trio instrumental. Influenciados por diversos estilos musicais, apresentam temas originais que criam ambientes exóticos, orgânicos e genuínos. Dando sempre grande importância à improvisação, a naturalidade e simplicidade da música levam-nos em viagens pelo imaginário.
:: Dia 3 | sábado
Piano bar , 10h00
Workshop Filosofia com Pais e Filhos
FILOSOFIA COM PAIS E FILHOS
Escutar | Dialogar | Pensar
Nestas sessões de Filosofia com Pais e Filhos pretendemos introduzir as crianças (e os pais) no espírito do Diálogo Filosófico onde mais que procurar as respostas aos problemas que vão surgindo importa compreender a dimensão desses mesmos problemas e cooperar em Diálogo na sua resolução.
Esse trabalho conjunto ajuda-nos a desenvolver algumas atitudes filosóficas fundamentais tais como saber ouvir, respeitar a opinião do outro, expressar-se e pensar com clareza.
Venha Filosofar connosco.
Este Workshop é dinamizado por Tomás Magalhães Carneiro
Professor de Filosofia com Crianças e Jovens - http://filosofiacritica.wordpress.com/
Piano bar , 18h00
Lançamento do livro Escrito com Olhos de Teresa Paiva
Li, um dia, um conto a uma criança em que a personagem principal era um velho e amarelecido livro de contas – contas de contar, contas de mercearia, contas de drogaria – onde o pobre e bom-serás comerciante anotava as perduráveis e resistentes dívidas. Mas em cada conta estava um conto: x por tantos sacos de cimento, mais umas tábuas para fazer uma arrecadação; y por uma certa quantidade de artigos de mercearia, etc., no fundo, pistas de momentos de vidas. Era, pois, um prosaico livro de deve e haver, mas era também um livro de vidas, de parcelas de vidas, denunciadas pelas contas por saldar.
Lembrei-me desse livro para crianças ao ler este Escrito com olhos. Diferentes nos autores e nos destinatários, nos formatos e conteúdos, comungam, todavia, uma mesma linha, a linha de quem em poucas palavras conta parcelas de vidas. Poemas ou talvez não, muitos dos textos desta obra (re)constroem uma(s) pessoa(s), como se cada pequeno enredo estivesse a ser tecido, dito pela personagem, que nós, leitores, mais atentos, pressentimos ser (serem) rostos mil da mesma face, da mesma boca, do mesmo trejeito. De caderninho na mão, a poetisa recolhe pormenores do mundo, à laia de investigador criminal de mãos protegidas por luvas, um foco de luz e uma pinça para capturar e plasmar num esterilizado saco plástico as minúsculas pegadas deixadas pelo outro interveniente do sucedido.
Mas além da presença dos outros, há também a voz do sujeito poético, que vai entrelaçando os pedaços dos outros com os seus, levando a confusão ao leitor, que se sente incapaz de separar com nitidez onde acaba o outro e começa o eu. «Não adianta fugir de nós mesmos, pois levamo-nos sempre connosco», segredou(-me) Larissa. Mas não só a nós nos levamos, completo eu, mas também a muitos outros, aqueles cujas rotas cruzámos, de perto ou à distância, tanto faz, pois nenhum ser humano se completa a si mesmo sem que se enlace e desenlace com larissa(s), igor(es), iara(s), omar(es), Laura(s). Como diz outra personagem deste Escrito com Olhos, vamos “(…) passando pelo tempo e descobrindo a Verdade dos outros. E a sua”. A nossa.
piano-bar, 22h00
Concerto de Música Portuguesa
O MPMP, Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, apresenta um programa em duas partes. Na primeira, apresentar-se-á alguma da quase desconhecida obra para piano de Pe. Joaquim dos Santos. Na segunda, propõe-se uma viagem por alguns duetos para soprani de compositores da transição do século XIX para o século XX, como António Fragoso, Óscar da Silva ou Ernesto Maia, dentre outros.
auditório, 21h30
Apresentação do livro Erva Daninha de Raquel Branco
:: Dia 4 | domingo
auditório, 16h00
Apresentação do livro "Janelas" de Teresa Duarte Reis
:: Dia 6 | terça - feira
Piano bar, 21h00
Um Sentido na Poesia
tertúlia
A poesia tem todos os sentidos. É uma arte completa, esculpida na praça dos papéis, nas ruas das linhas, nas avenidas das frases.
Todos os sentidos têm poesia. A magia do toque, o doce do paladar, a melodia da audição. Há um sentido que, porém, combina toda esta magia-doce-melodia da poesia. A visão. Um poema pode ser lido na escuridão dos olhos, sob o olhar atento dos dedos.
Ainda assim todos o entendem. Todos o elevam. Todos o gritam. Um sentido na poesia encontra a cada terceira quarta-feira do mês, o sentido numa noite de poesia, aqui no Clube Literário do Porto.
Participação ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal.
:: Dia 7 | quarta - feira
galeria , 21h30
Quartas Mal’Ditas
Poesia e fotografia (10 POEMAS ILUSTRADOS E UMA BANANA GRANDE)
Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega, nº 22
4050-430 Porto
Tel. 222 089 228
Fax. 222 089 230
Email: clubeliterario@fla.pt
URL: www.clubeliterariodoporto.co.
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