Prova ABC: Só 42% em matemática e 56,1% em leitura alcançam índice
Apenas 42,8% dos alunos que concluem o 3.º ano do ensino fundamental têm as habilidades em matemática esperadas para a série, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 7, pelo Movimento Todos Pela Educação. O nível dos estudantes foi medido pela Prova ABC, aplicada em 250 escolas de todo o País em 2011, avaliando o desempenho em escrita, leitura e matemática.
Para a escrita, 53,3% dos alunos tiveram desempenho considerado satisfatório, com base nas escalas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), metodologia do Ministério da Educação. Em relação à leitura, o índice de estudantes com as habilidades esperadas ficou em 56,1%. A Região Norte obteve o pior resultado em matemática, apenas 28,3% dos estudantes tiveram o resultado esperado para a série. O Sul conseguiu o melhor resultado na disciplina, com 55,7% dos alunos apresentando bom desempenho.
Em relação à redação, o Nordeste teve o desempenho mais baixo: só 30,3% dos estudantes apresentaram domínio da escrita de acordo com a série que cursavam. A Região também teve o menor percentual de alunos (42,5%) com habilidade de leitura satisfatória. O Sudeste é a Região com o melhor resultado para a prova de escrita (65,6%).
Na rede particular de ensino, o porcentual de alunos com bom resultado em matemática foi 74,3%, mais do dobro do verificado na rede pública, 32,6%. Na prova de redação, 80,7% dos estudantes do ensino privado tiveram desempenho satisfatório, contra o percentual de 44,3% verificado entre alunos das escolas públicas. Proporção semelhante foi apresentada na avaliação de leitura, em que 79% dos alunos da rede particular se saíram bem e apenas 48,6% dos estudantes do ensino público tiveram bom resultado. Um dos fatores apontados pela pesquisa para a diferença entre os alunos do ensino privado e o público é o acesso à educação pré-escolar. “Uma explicação para esse resultado é que a maior aprendizagem na rede privada está relacionada ao fato de seus alunos terem melhores condições sociais e econômicas e de terem cursado a pré-escola. Tais condições ajudam a explicar, mas não deveriam justificar tal diferença entre as redes”, ressalta o estudo.
do O Estado de S. Paulo - 07/02/2012
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