quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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Roda de Choro completa 10 anos e comemora com

Zé da Velha e Silvério Pontes



A Roda de Choro do Conservatório de Música Popular Brasileira comemora 10 anos de apresentações, em agosto. Todas as quintas-feiras, às 17h, os amantes do choro têm encontro marcado com músicos curitibanos que se dedicam a esse gênero da música brasileira. Nessa década de existência, a Roda de Choro também contou com a participação de músicos convidados, como Zé da Velha e Silvério Pontes, que estiveram presentes na estreia do programa e agora voltam para comemorar o aniversário, tocando na roda da próxima quinta-feira (25).

O clarinetista Sérgio Albach, coordenador de Música Popular Brasileira da Fundação Cultural de Curitiba, foi um dos fundadores da Roda de Choro, ao lado de Cláudio Menandro, Julião Boêmio e Daniel Miranda. Ele lembra de outros convidados ilustres que prestigiaram a roda nesses anos, entre eles Ronaldo do Bandolim e Rogério Souza, que tocaram na comemoração dos cinco anos.

Os pioneiros destacam a importância do programa para a consolidação desse gênero musical na cidade. “Para nós é muito gratificante. Neste último ano, implantamos a proposta de a cada mês trazer duplas diferentes, o que garante que a roda se renove e continue por muito mais tempo”, diz Sérgio Albach.

“A roda sempre me incentivou muito a seguir essa linha do choro. Ela também é importante para os que estão começando. Daqui saíram muitas parcerias e composições”, afirma Julião Boêmio, um talento no cavaquinho. Para o saxofonista Daniel Miranda, nesses dez anos o cenário mudou. “Os músicos vêm de outros estados e encontram aqui um respaldo para a música brasileira, e isso muito em função também da Roda de Choro”, diz.

O violonista Cláudio Menando garante que participar da Roda de Choro é um privilégio. “Esse é o momento de celebrar esse grande gênero da música instrumental brasileira, equivalente ao jazz americano. Tem muito improviso, melodias e harmonias riquíssimas”, afirma. Menandro lembra que o choro surgiu ainda no século 19 e é anterior ao samba. Nasceu da fusão dos ritmos afro-brasileiros com a música trazida da Europa, especialmente a polca.



Big Band - Os instrumentistas cariocas Zé da Velha (trombone) e Silvério Pontes (trompete) participaram da primeira roda e consideram que dez anos de existência é uma vitória para a boa música. “Isso significa que o choro é uma música maravilhosa”, afirma Silvério Pontes. Os dois executam o choro de uma maneira peculiar, que resulta da mistura de outros instrumentos que não são especificamente do choro.

A dupla tem 25 anos de carreira e de sucesso. Zé da Velha tocou com Jacob do Bandolim, Valdir Azevedo, Copinha, Abel Ferreira e Joel do Nascimento e, junto com Paulo Moura, animou muitos bailes de gafieira, levando a música brasileira a vários países. Participou de gravações dos discos de Beth Carvalho, Martinho da Vila e muitos outros. Silvério Pontes teve sua formação em banda de música no interior do Estado do Rio de Janeiro, sendo o único trompetista brasileiro da atualidade a se dedicar ao choro. A dupla é considerada a “menor Big Band” do mundo pela sonoridade reproduzida pelos seus instrumentos.



Serviço:

Roda de Choro Especial – 10 anos

Local: Conservatório de Música Popular Brasileira (Rua Mateus Leme, 66 – Centro Histórico)

Data e horário: 25 de agosto de 2011 (quinta-feira), às 17h

Entrada franca

Informações: (41) 3321-2855



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