Paulo Freire, Rogério Gulin e Roberto Corrêa trazem a viola caipira para a CAIXA Cultural Curitiba
Três dos maiores instrumentistas do país participam do projeto “Violeiros do Brasil”
A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 03 a 05 de junho, o projeto “Violeiros do Brasil”, que traz uma roda de violeiros inédita, formada por Paulo Freire, Rogério Gulin e Roberto Corrêa. Pela primeira vez em Curitiba, o projeto exalta a riqueza da viola e revela diferentes estilos do instrumento.
O projeto mostra a diversidade de composições e interpretações para a viola caipira, além da versatilidade com que cada violeiro o domina. Os músicos se apresentam apenas com as violas, em solos, duos e em um trio. Além disso, o uso de vídeo-cenários é marcante no espetáculo, com imagens de fragmentos do universo inspirador de cada violeiro, recriando o ambiente íntimo de cada um deles.
“Violeiros do Brasil” faz parte do projeto “Memória Brasileira”, criado em 1987 por Myriam Taubkin, com o objetivo de realizar mapeamento detalhado da música brasileira. O projeto pioneiro foi realizado em 1997, em um festival que reuniu os principais instrumentistas do país: Adelmo Arcoverde, Almir Sater, Braz da Viola, Ivan Vilela, Passoca, Paulo Freire, Pena Branca, Pereira da Viola, Roberto Correa, Tavinho Moura e Zé Mulato & Cassiano, Renato Andrade e Zé Coco do Riachão. A idéia era expressar a diversidade, a tradição e a modernidade da viola dentro da música brasileira.
Em 2008, Myriam lançou o livro e o DVD homônimos, sendo que este foi campeão de vendas da Livraria Cultura estando na lista dos 10 mais vendidos por meses. “Violeiros do Brasil” foi o primeiro grande encontro de artistas representativos do instrumento, de diferentes lugares do país. O show já foi para três cidades da Inglaterra e, no final deste ano, vai para o Europália, maior festival de cultura na Bélgica.
Violeiros
Paulo Freire
O paulistano Paulo Freire largou a faculdade de jornalismo e, em 1977, apaixonado pelo romance “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, foi morar em Minas Gerais, região do rio Urucuia. Lá, aprendeu a tocar viola com Manoel de Oliveira e outros mestres da região. Em 1995, realizou uma turnê de viola-solo pela Europa, se apresentando em festivais de World Music da Bélgica e Holanda. Recebeu diversos prêmios pelas trilhas e canções: “Escola de Peões” (Prêmio Wladimir Herzog de Direitos Humanos – 1993), “O Umbu” (Prêmio Febraban - 1994) “Bom Dia” (Prêmio SHARP - melhor disco do ano - 1994), “Rio Abaixo”, seu primeiro cd solo (Prêmio SHARP de Revelação Instrumental), entre outros. É integrante da Orquestra Popular de Câmera, que ganhou em 1998 o Prêmio Movimento – Melhor CD do ano. Entrou para o grupo ANIMA, e gravou o CD “Especiarias” (Prêmio Carlos Gomes, melhor grupo de câmera – 2000). Gravou uma versão da música Boi da Cara Preta para o selo americano Ellipsis Arts e recebeu em 2001 o Pêmio Silver Parents Choice – EUA. Um dos responsáveis pelo fato da viola estar ganhando as salas de concerto, Paulo Freire gravou com os violeiros Pereira da Viola, Passoca e Bráz da Viola e também participou da gravação de CDs dos artistas: Arnaldo Antunes, Mônica Salmaso, Luiz Tatit, Maurício Pereira, entre outros
Roberto Corrêa
Violeiro, compositor e pesquisador, Roberto Corrêa nasceu em 1957 em Campina Verde, Minas Gerais. Devido ao seu trabalho, a viola adquiriu o status de instrumento solista. Largou em 75 a carreira de físico e se formou em Música, dedicando-se à viola. Em 83, o músico começou a divulgar seu trabalho com a viola caipira e a viola de cocho. O primeiro livro de viola editado no Brasil e a gravação de discos solo e em parcerias com importantes nomes da música brasileira são de iniciativa dele. Apresentou seu trabalho em recitais e oficinas em países como Japão, China, Alemanha. Possui 15 álbuns e explora todas as possibilidades da viola com um virtuosismo técnico, transmitindo a própria alma do sertão brasileiro. Roberto introduziu o método da viola caipira no Brasil, além de colocar o instrumento no conservatório MPB, inserindo a viola na música instrumental.
Rogério Gulin
O instrumentista curitibano Rogério Gulin cursou violão clássico na Escola de Música Belas-Artes do Paraná. Iniciou os estudos de viola caipira como autodidata. O violeiro é conhecido por seu trabalho como artista solo e pela participação dos grupos Terra Sonora e Vila Quebrada.
Ficha Técnica
Violeiros: Roberto Corrêa, Paulo Freire e Rogério Gulin
Direção Artística Myriam Taubkin
Iluminação: Tema Fernades
Engenheiro de Som: Alberto Ranellucci
Vídeo Cenário: Luis Duva
Coordenação Geral e Direção de Produção: Gabriel Paiva
Duração: 90 minutos
Serviço
Música: Violeiros do Brasil - Paulo Freire, Rogério Gulin e Roberto Corrêa
Local: Teatro da CAIXA – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba/PR
Data: de 03 a 05 de junho
Hora: sexta e sábado 21h e domingo 19h
Ingressos: R$20 e R$10 (meia – conforme legislação e correntista CAIXA)
Bilheteria: (41)2118-5111(de terça a sexta, das 12 às 19h, sábado e domingo, as 16 às 19h)
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Lotação máxima: 125 lugares (02 para cadeirantes)
www.caixa.gov.br/caixacultural
segunda-feira, 30 de maio de 2011
EVENTOS - Música -Paulo Freire, Rogério Gulin e Roberto Corrêa trazem a viola caipira
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