Aborto e a Linguagem do Inconsciente Abortion and the Language of Unconsciousness Sua Graça Ravindra Svarupa dasa
Em A Política e a Língua Inglesa, um ensaio publicado em 1946, George Orwell mostrou como a escrita e o discurso político, que, ele disse, são “em geral, a defesa do indefensável”, corrompem a linguagem através de prolixidade, expressões de uso desgastado, imprecisão, ambigüidade e eufemismo. O intento do escritor ou orador, Orwell disse, é ocultar o que ele está de fato dizendo – ocultar inclusive de si mesmo. Por exemplo: “Vilas indefesas são bombardeadas por aviões, os habitantes conduzidos para a zona rural, o gado metralhado, as choupanas reduzidas a cinzas por meio de munição incendiária: isto se chama pacificação. Milhões de camponeses são privados de suas fazendas e conduzidos exaustos pelas estradas com nada mais do que podem carregar: isto se chama transferência de população ou retificação de fronteiras. Pessoas são aprisionadas por anos sem direito a julgamento, ou baleadas na nuca ou enviadas para morrer de escorbuto em explorações florestais nas regiões árticas: isto se chama eliminação de elementos instáveis. Semelhante fraseologia é necessária se alguém quer nomear coisas e eventos sem evocar imagens mentais dos mesmos”.
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domingo, 2 de maio de 2010
Aborto e a Linguagem do Inconsciente
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