de Marion Zimmer Bradley e Diana L. Paxson
Tradução:Márcia Frazão
Páginas:480
Mulheres fortes que desafiam o poder para defender seu povo e suas crenças são as protagonistas de Os corvos de Avalon, mais um volume da saga fantástica imaginada por Marion Zimmer Bradley e desenvolvida por sua colaboradora Diana L. Paxson. A lendária rainha celta Boudica, que liderou uma revolta contra os invasores romanos, mistura-se a personagens ficcionais no livro, que relata sua amizade com a sacerdotisa druida Lhiannon.
Segundo Diana L. Paxson, este é o livro de Mario Zimmer Bradley com maior cuidado às referências históricas. Afinal, Boudica tornou-se uma figura lendária cultuada pelos britânicos que chegaram a relacioná-la, no século XIX, à rainha Vitória, a soberana que esteve no poder por quase 40 anos - o mais longo reinado entre os monarcas britânicos. Partindo de uma idéia de Marion Zimmer Bradley, de que os chefes nativos da Britânia enviariam seus filhos para estudar em Avalon, Diana desenhou uma ligação entre Boudica e Lhiannon, criando um romance histórico entrelaçado ao universo de fantasia criado por Marion, apresentando as origens do que seria a lenda de Camelot, do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda.
O livro apresenta a conquista da Britânia pelos romanos pela ótica das jovens Lhiannon e Boudica, que se conhecem na ilha de Mona (hoje, Anglesey), um importante santuário druida, a noroeste do atual País de Gales. Atendendo a interesses políticos, Boudica se casa com o Prasutagos, rei dos icenos, que viviam na atual região de Norfolk. Lhianon, que vive o dilema de assumir seu amor por um outro sacerdote ou manter-se virgem e casta para atender ao desejo de chegar ao posto de grande sacerdotisa, vai encontrar a amiga quando Prasutagos morre. Boudica protesta quando suas terras são tomadas pelos romanos, que, em represália, violentam suas duas filhas. A rainha, então, conclama as tribos a lutarem contra os invasores.
No ano 61 da era cristã, a crise deflagrada por Boudica quase levou os romanos a abandonarem as terras britânicas. Um símbolo de resistência e coragem, a rainha lendária, cujo nome significa vitoriosa, teve sua personalidade e atos exaltados por historiadores romanos, como Tacitus e Cassios Dio. Entre 70 mil e 80 mil pessoas morreram nas cidades Camulodunon (atualmente, Colchester), Londinium (Londres) e Verlamion (St. Albans). O centro comercial Londinium foi abandonado para os rebeldes, que a incendiaram, matando quem não havia fugido com o governador Suetônio.

AS AUTORAS


UM LANÇAMENTO

Nenhum comentário:
Postar um comentário