segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Andrei Rublióv – Roteiro literário

Andrei Rublióv – Roteiro literário

de Andrei Tarkovski



páginas- 312

Roteiro literário do russo Andrei Tarkovski, “Andrei Rublióv, é o mais recente lançamento da Martins



Produzido em 1966, este roteiro literário, publicado pela primeira vez no Brasil, é o segundo longa-metragem de Tarkovski, que permaneceu censurado na União Soviética até 1971. Apesar disso, ganhou o prêmio da crítica internacional de Cannes em 1969



Existem poucos documentos sobre a vida e obra de Andrei Rublióv. Nasce entre 1360 e 1370, trabalha em Moscou e toma parte em 1405 com Teófano, o Grego, na decoração da Catedral da Anunciação no Kremlim. Em 1410 pinta o famoso "A Trindade" que lhe havia encomendado o pároco Níkon, sucessor de São Serguei de Radoniéj.



Neste roteiro, que tem episódios não incluídos no filme, mostra o conflito entre a espiritualidade e o mundo material vividos por Rublióv, quando sai do mosteiro para trabalhar em outras cidades e percebe a degradação da humanidade. Tarkovski nos mostra a transformação de um jovem pintor idealista num monge que faz voto de silêncio em resposta ao sofrimento que o cerca. Ao final, o livro revela-se um manifesto a favor da esperança que traz a experiência espiritual pela arte.



Vejo abaixo, um dos trechos da obra:

[...] “Junto à metade que restou da iconóstase queimada, em meio aos cadáveres, está Andrei, de joelhos. É difícil reconhecê-lo. O olhar vazio de seus olhos encovados desliza pelo espaço, sem fixar-se em nada e sem nada notar... Parece que ele estava prestes a rezar, mas súbito esqueceu-se não somente da oração, como também de todas e quaisquer palavras. Ele está de joelhos, imobilizado e alheio a tudo, como um surdo-mudo de nascença que, de uma hora para outra, perde a visão – o único sentido que lhe restara.” [...]

O AUTOR

Andrei Tarkovski (Rússia, 1932; França, 1986). Filho do poeta russo Arseni Tarkovski, autor de muitos dos poemas recitados em seus filmes. Tarkovski ganhou proeminência internacional com seu primeiro longa-metragem, A infância de Ivan, premiado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1962, e, desde então, a expressão poética e a originalidade de seus filmes conquistaram um público cativo por todo o mundo. De 1962 a 1986, fez sete filmes aclamados pela crítica, entre eles Solaris, O espelho e O sacrifício. Escreveu sobre sua concepção da sétima arte em Esculpir o tempo.

um lançamento

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