Um dos documentários em lançamento na segunda edição do Seminário de Patrimônio Imaterial registra o movimento hip-hop em Curitiba.
Na programação do II Seminário de Patrimônio Imaterial, promovido pela Fundação Cultural de Curitiba, um dos destaques é o lançamento do documentário Hip-hop em terra de polaco, às 15h deste sábado (29), no Memorial de Curitiba. A obra é resultado do trabalho de uma reduzidíssima equipe de cinema que, nos meses de maio a outubro deste ano percorreu os bairros de Curitiba e cidades da região metropolitana à procura dos hip-hoppers, que de certa forma influenciam a vida das comunidades onde vivem.
Contando com uma verba do Prêmio Culturas Populares 2007 – Mestre Duda 100 Anos de Frevo, do Ministério da Cultura, o grupo saiu a campo. Hip-hop em terra de polaco, com 40 minutos de duração, foi produzido pela antropóloga Conceição Aparecida dos Santos, pelo cineasta Nivaldo Lopes, o Palito, com edição de Rafael Lopes de Lima e Silva, e por Ozanam Aparecido de Souza, que coordenou os trabalhos. O documentário mostra que o movimento surgido nos Estados Unidos e adaptado à realidade brasileira tem vida própria em Curitiba, cidade que abriga 153 grupos. “São várias as lideranças que atuam e operam nas comunidades”, diz a antropóloga.
Uma das características dos hip-hoppers é a ação voltada a projetos sociais dentro das comunidades onde vivem. Os curitibanos seguem a mesma linha e têm por referência o movimento em São Paulo e Brasília. O hip-hop estende-se por todo o país e acabou se agrupando em cinco frentes nacionais, ou seja, organizações representativas que se ramificam em comunidades. Ele chegou a Curitiba em 1984, por meio do break.
É praticamente um universo à parte que movimenta a periferia. Registrar esse mundo não foi tarefa das mais fáceis, principalmente pela postura dos hoppers que têm por princípio jamais se aproximar de quem é de fora da tribo. Portanto, câmara de vídeo, pior ainda. Mas, como a verba reduzida não permitiu criar uma equipe completa para as filmagens, isso de certa forma ajudou a quebrar barreiras.
O cineasta Palito, em alguns momentos, trabalhou com o que tinha em mãos, até máquina amadora. “Eu chegava fazendo a documentação”, conta. A antropóloga Conceição dos Santos comenta: “Queria que fosse um trabalho em que as pessoas se sentissem bem tratadas, porque são pessoas com resistência ao Estado. Acredito que conseguimos a confiança delas.” Ozanam explica que desde o princípio houve a preocupação de que esses jovens se reconhecessem no documentário e fossem eles os protagonistas da história.
As imagens mostram uma realidade que a classe média não imagina. Por exemplo, em Piraquara, na Região Metropolitana, há um espaço onde montaram uma biblioteca, uma ilha de informática (utilizando as peças de vários computadores para criar um) e até máquinas de costura. Envolvidos com a tecnologia mais avançada, têm como ferramentas de comunicação a internet, o Orkut, MSN, além da gravação de CDs, que editam e vendem de mão em mão, ou pela internet. Ciosos da mensagem que transmitem, e da imagem que representam, os líderes condenam as drogas.
Contando com uma verba do Prêmio Culturas Populares 2007 – Mestre Duda 100 Anos de Frevo, do Ministério da Cultura, o grupo saiu a campo. Hip-hop em terra de polaco, com 40 minutos de duração, foi produzido pela antropóloga Conceição Aparecida dos Santos, pelo cineasta Nivaldo Lopes, o Palito, com edição de Rafael Lopes de Lima e Silva, e por Ozanam Aparecido de Souza, que coordenou os trabalhos. O documentário mostra que o movimento surgido nos Estados Unidos e adaptado à realidade brasileira tem vida própria em Curitiba, cidade que abriga 153 grupos. “São várias as lideranças que atuam e operam nas comunidades”, diz a antropóloga.
Uma das características dos hip-hoppers é a ação voltada a projetos sociais dentro das comunidades onde vivem. Os curitibanos seguem a mesma linha e têm por referência o movimento em São Paulo e Brasília. O hip-hop estende-se por todo o país e acabou se agrupando em cinco frentes nacionais, ou seja, organizações representativas que se ramificam em comunidades. Ele chegou a Curitiba em 1984, por meio do break.
É praticamente um universo à parte que movimenta a periferia. Registrar esse mundo não foi tarefa das mais fáceis, principalmente pela postura dos hoppers que têm por princípio jamais se aproximar de quem é de fora da tribo. Portanto, câmara de vídeo, pior ainda. Mas, como a verba reduzida não permitiu criar uma equipe completa para as filmagens, isso de certa forma ajudou a quebrar barreiras.
O cineasta Palito, em alguns momentos, trabalhou com o que tinha em mãos, até máquina amadora. “Eu chegava fazendo a documentação”, conta. A antropóloga Conceição dos Santos comenta: “Queria que fosse um trabalho em que as pessoas se sentissem bem tratadas, porque são pessoas com resistência ao Estado. Acredito que conseguimos a confiança delas.” Ozanam explica que desde o princípio houve a preocupação de que esses jovens se reconhecessem no documentário e fossem eles os protagonistas da história.
As imagens mostram uma realidade que a classe média não imagina. Por exemplo, em Piraquara, na Região Metropolitana, há um espaço onde montaram uma biblioteca, uma ilha de informática (utilizando as peças de vários computadores para criar um) e até máquinas de costura. Envolvidos com a tecnologia mais avançada, têm como ferramentas de comunicação a internet, o Orkut, MSN, além da gravação de CDs, que editam e vendem de mão em mão, ou pela internet. Ciosos da mensagem que transmitem, e da imagem que representam, os líderes condenam as drogas.
Serviço: II Seminário do Patrimônio Imaterial, promovido pela Fundação Cultural de Curitiba Lançamento do documentário Hip-hop em terra de polaco, de Conceição Aparecida dos Santos, Nivaldo Lopes (Palito), Ozanam A. de Souza e Rafael Lopes de Lima e Silva. Data e horário: 29 de novembro de 2008 (sábado), às 15h Local: Teatro Londrina do Memorial de Curitiba (Rua Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) Entrada franca
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