Hannah Arendt (Linden, 14 de Outubro de 1906 — Nova Iorque, 4 de Dezembro de 1975) foi uma teórica política alemã, muitas vezes descrita como filósofa, apesar de ter recusado essa designação. Emigrou para os Estados Unidos durante a ascensão do nazismo na Alemanha e tem como sua magnum opus o livro "Origens do Totalitarismo".
Nascida numa rica e antiga família judia de Linden, Hanôver, fez os seus estudos universitários de teologia e filosofia em Königsberg (a cidade natal de Kant, hoje Kaliningrado). Arendt estudou filosofia com Martin Heidegger na Universidade de Marburgo, relacionando-se passional e intelectualmente com ele. Posteriormente Arendt foi estudar em Heidelberg, tendo escrito na respectiva universidade uma tese de doutoramento sobre a experiência do amor na obra de Santo Agostinho, sob a orientação do filósofo existencialista Karl Jaspers.
O Grupo de Estudos e Arquivo Hannah Arendt – Brasil foi criado no ano de 2000 nos moldes sugeridos pela rede Newsletter Hannah Arendt (www.hannaharendt.net) com o objetivo de discutir a obra da pensadora alemã e elaborar o estudo de sua recepção no país. Para tanto foram instituídos um grupo de estudos e um arquivo (pesquisa de listagem das obras em português e sobre a autora publicadas no Brasil), na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo até 2003 e, a partir de 2004, no Núcleo de Estudos da Violência (NEV). O grupo e o arquivo Hannah Arendt constituem parte integrante do projeto de pesquisa Teoria Integrada dos Direitos Humanos.
A tese foi publicada em 1929. Em 1933 (ano da tomada do poder de Hitler) Arendt foi proibida de escrever uma segunda dissertação que lhe daria o acesso ao ensino nas universidades alemãs por causa da sua condição de judia. O seu crescente envolvimento com o sionismo levá-la-ia a colidir com o anti-semitismo do Terceiro Reich o que a conduziria, seguramente, à prisão. Conseguiu escapar da Alemanha para Paris, onde trabalhou com crianças judias expatriadas e onde conheceu e tornou-se amiga do crítico literário e místico marxista Walter Benjamin. Foi presa (uma segunda vez) em França conjuntamente com o marido, o operário e "marxista crítico" Heinrich Blutcher, e acabaria em 1941 por partir para os Estados Unidos, com a ajuda do jornalista americano Varian Fry.
Trabalhou nos Estados Unidos em diversas editoras e organizações judaicas, tendo escrito para o "Weekly Aufbau". Em 1963 é contratada como professora da Universidade de Chicago onde ensina até 1967, ano em que se muda para a New School for Social Research, instituição onde se manterá até à sua morte em 1975.
O trabalho filosófico de Hannah Arendt abarca temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência, e a condição de mulher.
Trabalhou nos Estados Unidos em diversas editoras e organizações judaicas, tendo escrito para o "Weekly Aufbau". Em 1963 é contratada como professora da Universidade de Chicago onde ensina até 1967, ano em que se muda para a New School for Social Research, instituição onde se manterá até à sua morte em 1975.
O trabalho filosófico de Hannah Arendt abarca temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência, e a condição de mulher.
O Grupo de Estudos e Arquivo Hannah Arendt – Brasil foi criado no ano de 2000 nos moldes sugeridos pela rede Newsletter Hannah Arendt (www.hannaharendt.net) com o objetivo de discutir a obra da pensadora alemã e elaborar o estudo de sua recepção no país. Para tanto foram instituídos um grupo de estudos e um arquivo (pesquisa de listagem das obras em português e sobre a autora publicadas no Brasil), na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo até 2003 e, a partir de 2004, no Núcleo de Estudos da Violência (NEV). O grupo e o arquivo Hannah Arendt constituem parte integrante do projeto de pesquisa Teoria Integrada dos Direitos Humanos.
COMPREENDER
- Formação, exílio e totalitarismo - Ensaios (1930-1954)
de Hannah Arendt
Organização - Jerome Kohn
Tradução - Denise Bottmann
Páginas - 496
Célebre por obras de fôlego como Origens do totalitarismo e a longa reportagem Eichmann em Jerusalém, Hannah Arendt não desdenhou as formas mais breves de escrita e reflexão. Em suas mãos, o ensaísmo literário ganha uma cortante dimensão política.
Os textos de Compreender traçam uma espécie de biografia intelectual da pensadora política alemã. O percurso começa em Berlim, no início dos anos 30, quando a jovem doutora em filosofia se dedica a temas como santo Agostinho, Kierkegaard e a filosofia existencial, mesmo quando se vê impedida, por ser judia, de seguir carreira universitária.
A história contemporânea se impôs como desafio à reflexão, e Arendt respondeu à altura: ao mesmo tempo que se via obrigada a fugir da Alemanha não recuou como pensadora e fez da política uma esfera privilegiada da escrita e da vida em comum, ligada a todos os demais aspectos da existência humana. Com isso, livrou-a da pecha de assunto menor e penetrou a fundo nos fenômenos que deram feição tão sombria ao século XX.
A partir de 1941, nos Estados Unidos, Arendt começou a desenvolver o essencial de suas idéias e temas maduros: a ascensão da técnica; os totalitarismos modernos, diferentes das tiranias antigas; o genocídio e a "banalidade do mal"; o campo de concentração e a guerra atômica; e, finalmente, as multidões de refugiados e imigrantes. A leitura destes ensaios permite testemunhar a formação desse pensamento rigoroso e apaixonado. Compreender é uma co-edição da Companhia das Letras com a Universidade Federal de Minas Gerais.
Obras do autor publicadas
pela Companhia das Letras
COMPREENDER
EICHMANN EM JERUSALÉM
HOMENS EM TEMPOS SOMBRIOS (EDIÇÃO DE BOLSO)
HOMENS EM TEMPOS SOMBRIOS
ORIGENS DO TOTALITARISMO
RESPONSABILIDADE E JULGAMENTO
um lançamento da
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