quinta-feira, 2 de outubro de 2008

1968 - O ano que abalou o mundo



1968 - O ano que abalou o mundo

de Mark Kurlansky

No livro 1968 – O ano que abalou o mundo, o pesquisador Mark Kurlansky revive detalhadamente toda a história política e cultural desses doze meses cruciais para a sociedade contemporânea. Foi uma época de mudanças extremas, onde tudo – música, política, cinema, comportamento, economia, imprensa – foi posto abaixo para ser reconstruído de maneiras absolutamente novas. Da invasão da Checoslováquia à queda de Nixon, Kurlansky analisa o dia-a-dia desse ano fervilhante e turbulento através de uma perspectiva global e um texto atraente.

Dando a entender que seria um ano bem ordenado, 1968 começou numa segunda-feira. O Papa Paulo VI declarou que aquele 1º de janeiro seria um dia de paz, motivando uma trégua na Guerra do Vietnã. Ao mesmo tempo, a manchete da primeira página do jornal The New York Times dizia: “O mundo dá adeus a um ano violento”. Tudo isso, no entanto, não passava de um alarme falso. A verdade é que nunca houve ano mais atribulado do que 1968: a guerra tornou-se mais terrível do que nunca, Martin Luther King e Robert Kennedy foram assassinados, a Convenção Nacional Democrata de Chicago resultou em tumultos generalizados, o Festival de Cannes e a Bienal de Veneza foram fechados, a União Soviética começou a ruir, o concurso de Miss América foi interrompido por manifestações feministas...

O que mais impressiona durante a leitura de 1968 – O ano que abalou o mundo é o fato de, num planeta ainda distante daquilo que ficou conhecido como “globalização”, ter ocorrido o que o autor considera uma “combustão espontânea de espíritos rebeldes no mundo inteiro”: habitantes dos mais diversos lugares (de Nova York a Paris, passando por Praga, Roma, Berlim, Varsóvia, Tóquio e Cidade do México) se rebelaram em torno de diferentes questões, tendo como objetivo comum a necessidade de derrubar a ordem estabelecida. Nada foi planejado ou organizado; simplesmente aconteceu. Com o surgimento da televisão via satélite, a juventude tinha pela primeira vez a consciência daquilo que Marshall McLuhan chamou de “aldeia global”. Ao mesmo tempo em que se deslumbravam com as transmissões das conquistas espaciais pessoas do mundo inteiro podiam assistir ao vivo em suas salas de estar aos massacres no Vietnã e às cenas de estudantes desarmados intimidando o exército soviético na Checoslováquia.

Para o jornal The Capital Times, “Kurlansky escreveu a obra definitiva sobre a história popular do ano que realmente abalou o mundo”. Dan Rather, da CBS News, afirmou que o autor “apresenta as razões para que 1968 tenha uma relevância permanente para os Estados Unidos e para o mundo inteiro. Concorde ou não o leitor com seus pontos de vista, a leitura, de qualquer forma, é fascinante.” 1968 – O ano que abalou o mundo, a obra mais importante de Mark Kurlansky, é uma leitura essencial para todas as pessoas que querem entender um pouco mais sobre o mundo em que vivem. É, como revela o autor, um livro dedicado a todos os que disseram “Não!” – e, especialmente, a todos os que ainda estão dizendo.

Sobre o autor

Mark Kurlansky é o vencedor do Prêmio James A. Beard e autor dos best-sellers Bacalhau: A história do peixe que mudou o mundo; Sal: Uma história do mundo (ambos publicados no Brasil); The Basque History of the World; A Chosen Few: The Ressurection of European Jewry; A Continent of Islands: Searching for the Caribbean Destiny; uma coletânea de contos, The White Man in the Tree; e um livro infantil, The Cod’s Tale; bem como editor de Choice Cuts: A Savory Selection of Food Writing from Around the World and Throughout History. Ele mora na cidade de Nova York.

UM LANÇAMENTO DA

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